domingo, 10 de maio de 2009

SEM TÍTULO (1979)


Verde campo de solo nú,
Escuridão de estrelas de sol,
Rosa azul sem espinho,
Deito-me, só, no leito dum mar vermelho,
Respiro ar de fogo líquido
E finjo esquecer o que lembro.

Ternura de espada em punho,
Ardor sem chama,
Ódio feito de amor puro.
Sonho com o novo real velho,
Abro o peito a sensações fechadas
E finjo lembrar aquilo que esqueço.

As horas passam num relógio parado.
Eu caminho sobre pés que não possuo.
Farsa.
Ilusão.
Vida.

1 comentário:

vieira calado disse...

Amiga!

Vida... certamente!

É a vida...


Bjs