quinta-feira, 9 de abril de 2009

O MEU LABIRINTO (1978)



O meu pequeno mundo
É um labirinto
Sem saída, sem forma, nem fundo.
Nele caminho,
Dou passos incoerentes
E outros enganadores.
Nada é verdadeiro
No meu labirinto.
É um pesadelo duro
Para quem está acordado...
E há uma tábua de salvação
Que procuro
E que não encontro em nenhum lado.
Caminho nesse labirinto,
Sem rumo determinado.
Sou poeira
Levada pelo vento
Sem sabe onde vou poisar.
Sou o nada,
Vegetando no nada,
Com aspiração a nada,
Vivendo para nada.
E esse labirinto
Em mim o sinto
Em cada passada que dou...
Não sei para onde vou,
Não sei onde estou.
É tudo um sonho
Tão real e tão cruel
Que temo acordar,
Que temo despertar
Para a Vida que desconheço.

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