sábado, 18 de fevereiro de 2017

Carta à minha Mãe

Olá, mummy... Esta é uma carta que sei que não vais ler nunca. Uma pequena carta. Quis escrever porque hoje estou tão triste, Mãe...Sinto-me rasgada em 1000 pedacinhos, sem muita vontade de olhar para o sol, preocupada até ao âmago pois sou mãe também. Os meus 1000 pedacinhos são os filhos meus, que me deixam sempre incompleta, sempre inconformada, sempre um ser dividido. Há uns tempos atrás, sabia que correria em direcção a ti, que molharia o teu ombro com as minhas lágrimas, que me entenderias e que me dirias que ser Mãe é mesmo isso, é nunca ser una e completa, faltando eternamente um bocado. Estou tão triste, Mãe...Sei que chorarias comigo e me pedirias para ter calma, e esperança...Mas hoje só te escrevo uma pequena carta, um bilhete, pois não te posso preocupar e colocar-te ao corrente da minha vida e do que se está a passar. Estou tão triste, Mãe, porque não posso valer a quem amo e tanto quero. Aos meus bocados. A minha alma está esfarrapada, e tu estás cansada pelos muitos anos de Vida e por tanto teres sido Mãe. Mas estou tão triste, Mãe...tão triste...Que raio é que vou fazer de tanta mágoa, Mãe?


3 comentários:

celeste maria disse...

Hoje chora, chora tudo.
Amanhã vais erguer-te e achar a solução.
Mais tarde irás sorrir!... Até do que agora te fez infeliz.
Abraços apertadinhos.

zeca soares disse...

Ser mãe é isto tudo... amanhã, será melhor!Beijinho, querida amiga.

Alfredo Moreirinhas disse...

Minha querida amiga, na falta de mãe eu sou catedrático! Imagino o que deves sentir.
Sei que soubeste retribuir-lhe o amor, carinho, amizade, afectos e tudo mais que ela te deu. Pensando nisso, como diz a Celeste Maria, chora o que precisas que mais tarde irás sorrir, pensando nela.
Um abraço fraterno e solidário dos amigos,
Alfredo e Daisy