domingo, 29 de julho de 2012



(DES)PEDINDO


Que o amanhã exista.
E que os meus também,
Aqueles que não me abandonam
E me amam como sou.
Que o sol seja uma bola vermelha no entardecer
Prometendo um Verão de alma quente.
Que morram
Aqueles que não merecem viver
E que enchem o ar de morte
E de podridão de hipocrisia,
Roubando a esperança de quem precisa.
Quando respiram
Sofregamente respiram a vida
De quem precisa e merece apenas ser.
Que lentamente, muito lentamente,
Eu me lembre de viver e respirar
Enterrando devagar o que me tem tirado a vida
E quase me deixava esqueleto
E acéfala.

Laura Sarmento
(28 de Julho 2012)

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