terça-feira, 10 de janeiro de 2012

O MEU DESERTO


por Laura Sarmento a Domingo, 20 de Fevereiro de 2011 às 15:35
Aparentemente estéril,
Silencioso e dolorosamente perturbador.
Deserto aprendi a ser
Para esconder mágoas que quero enterrar,
Memórias que já não o podem ser,
Sentires que o vento em tempestade espalhou
Pela areia escaldante.

Esperando a hora do escorpião
Num círculo de fogo
Assim determinadas palavras e pessoas
Por mim são agora acolhidas
Neste meu deserto cansado de falsos oásis...
Vejo o círculo fechar-se sobre eles
Até ao golpe mortal.
E não tenho pena.

Lá longe, o horizonte do deserto,
Do meu deserto sem fim.

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