
A paisagem,
O esfarrapado nevoeiro
Que a esconde...
O céu que não vejo,
O seu aul que busco,
O sol que não me vê,
O aproximar-se do lusco-fusco...
Com eles
Encontro-me eu,
Coisa disforme,
Coisa que se consome
No próprio fogo que provoca,
Procurando assim
O seu fim.
Sim...
Sou farrapo humano,
Sou céu escondido
Dos olhos que me procuram...
Sou sol prisioneiro,
Sou a noite escura
Perdida na sua própria negrura.